Vampiros, culinária e best-sellers movimentam a Bienal do Livro em SP
Evento no Pavilhão do Anhembi será aberto para o público na sexta-feira (13).
Atrações incluem autor de ‘O mundo de Sofia’ e sobrinho-neto de Bram Stoker.
A 21º edição da Bienal do Livro de São Paulo começa nesta quinta-feira (12) no Pavilhão de Exposições do Anhembi. O primeiro dia do evento, que vai contar com 350 expositores e terá 4.200 lançamentos de livros, é dedicado aos profissionais do mercado editorial.
Na sexta-feira (13) o evento abre para o público em geral com um dia inteiro dedicado ao terror e aos vampiros. A primeira palestra do Salão de Idéias, principal espaço do evento, fica por conta de José Mojica Marins, o cineasta criador do personagem Zé do Caixão, às 13h.
A sexta conta também com a mesa "Por que o mito do vampiro continua vivo?", que reunirá os escritores André Vianco, Martha Argel e Giulia Moon, e com um bate-papo com Dacre Stoker, que falará sobre seu livro "Drácula, o morto-vivo", espécie de continuação da obra clássica tio-avô Bram Stoker.
De acordo com a organização, quem for ao Anhembi fantasiado como seu personagem favorito na sexta não pagará entrada para a Bienal.
Outra aposta curiosa dos organizadores da Bienal é o segmento Cozinhando com Palavras. Composta de debates e leituras, a atividade reunirá chefs de cozinha nacionais e internacionais para comentar a relação da literatura com a gastronomia. Entre os tópicos servidos estarão comidas descritas nas obras de autores como Gilberto Freyre, Jorge Amado, Eça de Queiroz, além do cinema e até nos relatos sobre a última ceia do Titanic.
Literatura infanto-juvenil e futuro do livro
De olho nos novos leitores, os curadores do evento dedicaram espaço significativo à literatura infanto-juvenil. A escolha se reflete em um dos homenageados desta edição, o escritor Monteiro Lobato, que será tema de debates e exposição no evento, como também na participação de nomes como Mauricio de Sousa, Ana Maria Machado, Ziraldo e Pedro Bandeira.
Entre os convidados, estarão também os autores dos best-sellers "O menino do pijama listrado", John Boyne, e "O mundo de sofia", Jostein Gaarder. A brasileira Thalita Rebouças, autora da série "Fala sério...", também é destaque entre os nomes de literatura infanto-juvenil.
Entre outros temas recorrentes em debate na Bienal, que incluem a obra de Clarice Lispector e a literatura lusófona, merecerá atenção especial o futuro do livro. Motivo de polêmica entre autores e editores, defensores e detratores, a digitalização das obras literárias será discutida em diversas mesas do Salão das Ideias e poderá ser conferida na prática em uma área do evento batizada de Espaço Digital. No local, será possível tomar contato com 50 aparelhos de leitura de livros digitais (e-readers), incluindo os modelos Kindle (da livraria virtual Amazon) e iPad (da Apple).
Com 1.100 horas totais de programação entre os dias 12 e 22 de agosto, a 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo é não só a maior como também a mais cara realizada, com R$ 30 milhões em investimentos (a edição de 2008 custou R$ 22 milhões). Realizada em um espaço de 60 mil m2, esta edição espera reunir um público de até 700 mil visitantes.
Mais informações sobre o evento podem ser encontradas em
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