sexta-feira, 30 de julho de 2010

Forum Harmonica hoje em Fortaleza

Instrumento em expansão


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André Carlini: gaitista veterano faz parte da programação do Fórum Harmônicas 2010, fazendo show ao lado de músicos cearenses e ministrando workshop sobre o lado rítmico da gaita

30/7/2010

Fórum Harmônicas 2010 começa hoje, com shows, oficinas e atividades de arte-educação. A quinta edição do festival que destaca gaitistas cearenses e convidados acontece até domingo, no Dragão do Mar

Ainda que seja mais antiga que o blues, a gaita costuma ser associada, prontamente, ao gênero musical norte-americano. Ligação que envolve perdas e ganhos para as harmônicas. De um lado, garante um interesse renovado pelo instrumento. Tanto que é em geral pelo blues que os novos músicos chegam. Por outro lado, a associação termina por confundir os leigos, que pressupõem uma limitação do instrumento, como se ele tivesse que ficar restrito a um único tipo de música.

Desfazer esse mal entendido é um dos interesses do Fórum Harmônicas, cuja quinta edição começa hoje, no Centro Dragão do Mar, com entrada franca em toda a programação. O evento já acontece há cinco anos, organizado por nomes da cena blueseira de Fortaleza: Diogo Farias, Roberto Maciel e Luiz Carlos de Carvalho. A programação é formada por shows e workshops.

Hoje, na abertura do Fórum, se apresentam o mineiro Marcelo Batista e o paulista André Carlini. Ainda sobem ao palco, no evento, o cearense Diogo Farias, o pernambucano Jeovah da Gaita, o curitibano Benevides Chiréia Jr. e o paulista Sérgio Duarte. Todos ministram workshops abertos ao público (a inscrição é a doação de um livro em bom estado).

Além do blues

"É verdade que a gaita teve expansão muito grande quando foi incorporada ao blues. O objetivo do Fórum é romper com a ideia de que essa é uma ligação exclusiva. Não é nada contra o blues, tanto que há espaço para ele na programação dos shows. Só que é importante saber que você pode tocar qualquer coisa com a gaita", ressalta Diogo Farias. "Claro que, de um gênero para o outro, muda a maneira de tocar, as técnicas e até os equipamentos que podem ser usados", explica o gaitista, que se apresenta com sua banda, a De Blues em Quando, no sábado, quando lança o segundo álbum do grupo, "O que é que eu toco pra ganhar dinheiro?".

Evolução

"Hoje a gaita é um instrumento. Antes era um brinquedinho", dispara André Carlini, um dos convidados desta edição do Fórum Harmônicas. Músico autodidata, Carlini é um conhecedor da gaita há pouco mais de 20 anos. A provocação não é à toa, garante. "A diferença entre o gaitista e o gaiteiro é como a que existe entre o jornalista e o jornaleiro. Os dois fazem coisas distintas e tem conhecimentos diferentes", compara. "Antes, os caras tocavam gaita e não sabiam o que ela podia oferecer. Agora, têm mais técnica, mais método. É instrumento mesmo, como a guitarra, o baixo. E da mesma forma que acontece com eles, você pode tocar rock, pop, jazz, tudo na gaita", esclarece.

O músico põe em prática sua visão das possibilidades oferecidas pelo instrumento. "Eu não toco blues. E toco gaita. Por mais que o timbre seja bluesy, o que faço é bossa nova, jazz, funk... Estava ensaiando com a banda que vai se apresentar comigo na sexta-feira e não fizemos nenhum blues".

Na avaliação de André Carlini, o instrumento encontrou, no Brasil, um território de rara fertilidade. "Quando comecei a tocar, você não tinha informação sobre o instrumento. Não da forma que se tinha sobre violão, guitarra, piano. Hoje, a situação mudou. O Brasil é um celeiro de bons gaitistas", enfatiza. "Isso tem a ver com o fato de ser um país musicalmente muito rico. Os EUA ainda são muito fechados para outros ritmos. Lá é mais o blues mesmo. Na Europa, os caras já curtem outros estilos e tocam eles na gaita. E a música brasileira, você sabe, é essa variedade imensa de estilos, gêneros, ritmos", acrescenta. "Houve um avanço musical e temos muita gente boa tocando jazz, chorinho... Antes, todos os meus alunos chegavam querendo tocar blues. Agora, já chegam uns querendo fazer bossa, reggae".

Assim como os demais convidados dessa edição do Fórum Harmônicas, André Carlini tocará com uma banda formada por músicos da cena cearense. Ele sobe ao palco acompanhado por Lu de Souza (guitarras), Dudu Freire (baixista) e Daniel Alencar (batera). A banda ensaiou na quinta-feira para ganhar o entrosamento necessário a um show cuja linha condutora será o improviso.

Interação

A interação é outra das ideias-chave para entender a proposta do Fórum Harmônicas. "No ano passado, os convidados elogiaram a qualidade dos músicos do Ceará que tocaram com eles", destaca Diogo Farias.

Ele conta que essa troca de experiências é um dos princípios que motivaram a criação do Fórum. "Tive a ideia de fazer um festival que fosse como um grande congresso dedicado à gaita. Nos EUA, eles têm a convenção da Spah (Society for the Preservation and Advancement of the Harmonica). Queríamos fazer algo semelhante no Brasil. Além da estrutura, a diferença do nosso evento para o americano é que temos uma parte social, em que trabalhamos com crianças", compara Farias. Enquanto o encontro da Spah tem como público alvo os músicos, o Fórum Harmônicas abrange ainda o público ouvinte e investe na formação de novas gerações de instrumentistas.

Formação

E foi com uma atividade formativa que o fórum de 2010 começou. Além da programação que acontece no Dragão do Mar, uma parceria do evento com a Fundação Raimundo Fagner tem promovido uma oficina de harmônica para 60 crianças entre 8 e 12 anos. O trabalho começou dia 25 e termina hoje, com performances dos participantes na sede da própria Fundação. À frente desse trabalho, dois jovens gaitistas que se têm destacado no Estado: os arte-educadores Di Lennon Ribeiro e Rodrigo Bezerra. Diogo Farias conta que essas oficinas têm surpreendido os organizadores. "No ano passado, com apenas uma semana de trabalho, 27 dos 60 alunos já conseguiam tocar três temas na gaita", comemora.

Programação

Hoje

21h - Show de Marcelo Batista
22h30 - Show de André Carlini

Sábado

9h - Workshop "Gaita Groove", com André Carlini
10h30 - Workshop "Gaita, Uma voz Sublime", com Benê Chiréia Jr.
14h - Workshops "Gaita Blues" e "Microfones e amplificadores para gaita", com Sérgio Duarte e Diogo Farias
15h30 - Workshop "Gaita Cromática", com Jehovah da Gaita e Marcelo Batista
21h - Show de Diogo Farias - IMPERDÍVEL
22h30 - Show de Sérgio Duarte

Domingo

20h - Show de Benevides Chiréia Jr.
21h30 - Show de Jehovah da Gaita

Mais informações

V Fórum Harmônicas - De hoje a domingo, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. Abertura hoje, às 21 horas, com shows de Marcelo Batista e André Carlini. Entrada: doação de um livro. Contato: 3488-8600.

Esse mundinho da voltas mesmo!

Ciro anuncia apoio a Dilma


30/7/2010
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O socialista, no entanto, evitou dizer se vai participar da propaganda eleitoral da petista na TV

Brasília - O deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) afirmou ontem que é "disciplinado" e que vai apoiar a candidatura presidencial de Dilma Rousseff (PT) porque é uma decisão de partido.

Após um almoço de mais de uma hora com a petista, Ciro evitou dizer se vai participar da propaganda eleitoral da petista na TV. Segundo ele, seu empenho na campanha dependerá de suas "preocupações com o futuro do país".

Esse foi o primeiro encontro de Ciro com Dilma desde que o PSB rejeitou sua candidatura presidencial em troca da aliança com a petista.

"O apoio nunca esteve em discussão. Meu partido tem uma posição formal e eu sou disciplinado. Quanto a engajamento e entusiasmo, na medida em que as minhas preocupações com o futuro do país vão se revelando, vai aumentando meu entusiasmo."

O deputado afirmou que ainda não concorda com o caminho escolhido pelo PSB nas eleições e lembrou sua relação pessoal com Dilma a quem chamou de "velha amiga".

"Eu considero ainda que meu partido não tomou a posição correta, tomou a decisão errada e acho que a democracia brasileira perdeu a oportunidade de ampliar o debate e a discussão, mas como eu amo a democracia, e na democracia não são as opiniões individuais que devem prevalecer, deve prevalecer da maioria", afirmou.

Ciro disse que está disposto a receber Dilma para campanha no Ceará. "Você acha que se chegar lá uma pessoa como a Dilma, eu não vou receber? De maneira alguma."

Questionado se saiu diferente do almoço, Ciro foi irônico. "Estou com a mesma camisa e gravata", afirmou.

Após a decisão do PSB de não lançar candidatura própria, Ciro atacou Dilma e chegou a dizer que o candidato do PSDB, José Serra, era "mais preparado" para enfrentar qualquer crise nos próximos anos e afirmou que não participaria da campanha. A reconciliação de Ciro e Dilma teria sido patrocinada pelo presidente do PSB e governador Eduardo Campos (PE).

"Eu dei a ele a única coisa que posso dar: absoluta liberdade para fazer o que quiser. Não exijo nada, não peço nada. Se ele quiser participar ativamente vai participar" disse Dilma após o almoço.

AVISO À OPOSIÇÃO
Lula disse que, em campanha política, os candidatos mudam seu discurso para agradar ao eleitorado

Porto Alegre - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem, em Porto Alegre, que irá participar ativamente da campanha e que tem obrigação de escolher quem serão seus candidatos. "Tem gente que quer me tirar da campanha, mas tenho obrigação de participar e escolher quem será meu candidato ou candidata."

Lula disse que, em época de campanha eleitoral, os políticos mudam seu discurso e, no palanque, passam a "falar mal das pessoas que eles sabem que não podem falar mal, porque são quem financia suas campanhas".

Segundo o presidente, nenhum político, nesta época, fala mal de catador de papel ou de movimentos pela moradia. "Esta época é de desancar empresário, de "bater´ em banqueiro", disse Lula, sugerindo que esse discurso agrada ao eleitorado. "É assim a lógica da política nacional." Ainda de acordo com Lula, a política é "a arte do óbvio", que é fazer "aquilo que o povo precisa, sem inventar".

Lula participou de evento para a assinatura de contratos do PAC para duplicação de duas rodovias federais no Rio Grande do Sul e para a construção de novas moradias, além de obras de mobilidade urbana em Porto Alegre, para a Copa de 2014.

À noite, ele participou de um comício com a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, na capital gaúcha. O presidente criticou, ainda, a "máquina de fiscalização" das obras públicas e o atraso que ela provoca no andamento de projetos do governo federal.



Maradona lo llamó mafioso. Bilardo quiso desbancarlo y se postuló a la presidencia de la AFA. Grondona, el tercer nombre fuerte del fútbol argentino de las últimas décadas, los reunió a los dos en un proyecto que terminó como terminó. Y en otra jugada genial, logró que Bilardo quedara como el responsable de la salida de Maradona. En el medio, el escándalo del que se ríe la prensa internacional y los hinchas de todo el mundo pero que no servirá como revulsivo para la refundación. Nada cambiará, ¿o algún otro dirigente se atreverá a proponer los cambios evidentes y radicales que se necesitan? Maradona, Bilardo, Grondona le ponen el apellido a una realidad.

“Traición” fue la palabra que usó Maradona para definir a Bilardo. No fue la que usó Riquelme cuando anunció su renuncia a la Selección porque “con este técnico no pensamos igual”. Grondona y Bilardo sabían que estaba instalada la sospecha de que Maradona había desestabilizado a Basile con la ayuda de algunos referentes. Nunca lo hablaron con Maradona.

Para no convocar a Bianchi y cumplir con el reclamo histórico de “una oportunidad” para Maradona en la Selección, Grondona le dio el cargo. Pero le puso a Bilardo al lado bajo el pomposo pero insignificante título de “director de Selecciones Nacionales”. Maradona blanqueó el caso: “lo pusieron por si yo me caigo” . Grondona y Bilardo nunca lo desmintieron y dejaron hacer. Y Maradona hizo sin que jamás lo pusieran en caja, más allá del enroque de Enrique por Lemme, aceptando a Mancuso al que Bilardo, ahora, define sin nombrarlo como “bichito”.

Aunque dijo que su equipo sería “Mascherano y 10 más” , el técnico convocó 17 volantes centrales durante su gestión. Cuanto menos puede pensarse en un técnico ineficaz, dubitativo o timorato. Pero Grondona y Bilardo estaban al tanto de que muchas convocatorias estaban sospechadas de esconder una promoción de futbolistas. Los nombres son conocidos: Prediger y Bertoglio, de Colón, o Jara, de Arsenal, curiosamente. Si el presidente de la AFA y el director de Selecciones Nacionales sabían, como sabían del rumor, ¿por qué nunca se supo que al menos hubieran conversado sobre este tema ríspido con Maradona? Ni hablar de que esos rumores escondieran una verdad. El miércoles, en su programa de radio, Bilardo dijo que “ningún empresario me dio plata por poner a un jugador” . ¿A cuento de qué lo recordó cuando intentaba la primera defensa de las acusaciones de Maradona? El frustrado amistoso de Dubai previo al viaje a Sudáfrica fue otro punto delicado: ese partido “lo acercó” el técnico.

¿Por qué se llegó a Pretoria con semejante bomba de tiempo? Hay claros responsables. La eliminación en Ciudad del Cabo activó el mecanismo. Si Argentina hubiera tenido otro final en el Mundial, nadie hablaría de mentiras ni traiciones ni nadie debería aclarar lo que está bastante oscuro.

Despreciado públicamente por Maradona, ninguneado absolutamente, ¿por qué Bilardo aceptó semjante humillación de vivir casi a escondidas en Pretoria? Sería bueno que Grondona explicara por qué no rescató a su “director de Selección Nacionales” de esa situación. Sea cierto o no que fue quien traicionó a Maradona, a Bilardo le ha quedado la etiqueta pegada en el imaginario popular porque la palabra de Maradona, equivocada, errada, disparatada, sigue teniendo poder. El tema de fondo es que a la Selección le queda un Bilardo “director” desprestigiado y desautorizado.

Ser, estar, pertenecer son distintas formas de mantenerse en el negocio. La Selección es uno grande y todos quieren su parte, sobre todo si se cree que hay derechos adquiridos. Grondona conserva a salvo la tesorería de la AFA porque el cachet del equipo no se devaluará por la ausencia de Maradona. En su rédito político no serán pocos quienes le acreditarán haber sacado a Maradona, sin preguntarle por qué lo puso. Y el año que viene irá por otro mandato en la AFA mientras conserva vicepresidencia de la FIFA. Mancuso dice que Maradona ya tiene una oferta de Brasil mientras el astro acaba de poner en el freezer su presentación del domingo en El Show del Fútbolaunque ya había arreglado los términos económicos porque quiere esperar a la meneada conferencia de prensa de Bilardo anunciada para el lunes, en el hotel Intercontinental.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Pra rir muito

Comida dos Astros

Diogo Farias - Forum 2010

Rafael Mascarenhas e Cissa

Soneto da separação

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

Vinícius de Moraes
O corpo vai embora e o que fica são as vivencias os ensinamentos e as lembranças!Cissa A dor vai acalmar mais as lagrima vão continuar por muito tempo rolando, deixe-as rolar mais sempre ao lado de quem ama você e nunca solitáriamente! Vamos juntos Seu publico, seus amigos e você continuar essa longa e ardua caminhada sempre aos olhos vigilantes do nosso pai!

Empresários brasileiros Investem em Tecnologia!

Empresários brasileiros são destaque na CEBIT 2010
A edição 2010 do Cebit, o maior salão europeu de novas tecnologias.
A edição 2010 do Cebit, o maior salão europeu de novas tecnologias.
Foto: 2010 Deutsche Messe AG
A CEBIT 2010 é uma das maiores Feiras de Tecnologia do Mundo. Segundo a Hannover Fairs Brasil, empresa que representa o evento no país, a participação do empresariado brasileiro vem crescendo, e surpreendendo os participantes.

O Brasil foi o grande destaque da CEBIT 2010, Feira Internacional de Tecnologia da Informação, Telecomunicações, Software e Serviços, que aconteceu de 2 a 6 de março na Alemanha. Neste ano, 25 empresas brasileiras participaram da Feira de Hannover, a maior do mundo no setor. Mais de 4 mil expositores de 68 paises participaram desta edição, que traz como país parceiro, neste ano, a Espanha.

Uma das maiores atrações foi o lançamento de televisores 3D que não necessitam de óculos especiais. A empresa See Foot propõe um jogo de câmeras para obter o mesmo efeito, dispensando os óculos, popularizado no filme Avatar. Os telefones celulares com tela tátil, que conheceram um verdadeiro boom depois do lançamento do IPhone, também foram um dos destaques da Feira. Na abertura, dia 2, quem roubou a cena foram os robôs boleiros, desenvolvidos pela universidade de Brême, no norte da Alemanha: Rajesh, Penny, Sheldon e Leonard.

A diretora da Hannover Fairs Brasil, empresa que representa a CEBIT no Brasil, Brenda Baumle, nos deu um panorama sobre a o que a CEBIT 2010 trouxe de novo neste ano. Segundo ela, a participação brasileira tem tido cada vez mais destaque na Feira. A empresa brasileira Digistar, de Porto Alegre, é uma das participantes da da CEBIT 2010. Fundada em 1999, ela está presente em diversos países. Entre seus maiores clientes, estão a Austrália, a África do Sul, o Irã, os Estados Unidos, Argentina e Chile. Neste ano, a Digistar, especializada em soluções de telecomunicações em grandes empresas, apresentará uma tecnologia que possibilita a transferência de um ramal interno para telefones com tecnologia 3G.

Foco no Crescimento ABILIO DINIZ

O estilo de gestão de Abilio Diniz

Historicamente um centralizador, Abilio decidiu deixar de apitar no Pão de Açúcar durante quatro anos - e se arrependeu. Agora ele fica na mesma sala da diretoria, que só toma decisões estratégicas se lhe convencer dos benefícios
Germano Lüders
"Eu era o presidente, o superintendente e o cara que estava com a mão na massa", diz Abilio Diniz
| 15.07.2009 | 08h12

Portal EXAME -

Quando assumiu o controle do Pão de Açúcar, no início da década de 90, o empresário Abilio Diniz adotou um estilo centralizador de gestão. "Eu era o presidente, o superintendente e o cara que estava com a mão na massa", admite. Entre 2003 e 2007, Abilio alterou radicalmente sua postura. Passou a presidir o conselho do maior grupo de varejo do país e, mesmo quando achava que seus diretores estavam errados, deixava que eles tomassem as decisões para que aprendessem com seus erros. Com os resultados fracos apresentados pela empresa, Abilio resolveu mudar novamente. Em entrevista à gestora de recursos Rio Bravo, que investe em ações do Pão de Açúcar, ele revela que encontrou um meio-termo. Abilio Diniz voltou a trabalhar na mesma sala que os diretores e as decisões estratégicas só são tomadas se ele e o conselho estiverem convencidos dos benefícios. No entanto, o dia-a-dia da empresa ficou a cargo da diretoria. Leia a seguir os principais trechos da entrevista:

Profissionalização: Quando tomei as rédeas da empresa nos anos 90 eu centralizei tudo comigo. Eu era o presidente, o superintendente e o cara que estava com a mão na massa. De 2003 para cá, decidi que essa empresa não poderia viver tão dependente de mim. E aí decidi pela profissionalização, com uma diretoria sem nenhum Diniz como executivo. Todos nós fomos para o conselho, presidido por mim.

Essa transição de uma empresa liderada por uma única pessoa durante muito tempo, para uma diretoria profissional não foi fácil. Nós tivemos cinco anos que passamos andando de lado (de 2003 a 2007). Felizmente no final de 2007, fizemos uma mudança, reestruturamos a diretoria executiva e, hoje, o crescimento da companhia, do início de 2008 pra cá, tem sido sensacional. Tudo aquilo que conseguimos é resultado deste clima, principalmente agora com um time altamente identificado. Temos um ambiente hoje que é realmente fantástico. Eu trabalho na mesma sala que eles, à disposição deles para o que precisarem. Agora o dia-a-dia é com eles

Estilo de gestão: De 2003 e 2007, deixei que a diretoria fizesse praticamente aquilo que quisesse e aprendesse através de seus erros. No início desta nova gestão, no final de 2007, declarei que não faria mais isso. Se houvesse alguma coisa que eu estivesse vendo acontecer com a qual eu não estivesse de acordo, a diretoria teria que me convencer. Se não me convencesse eu levaria para o conselho. Se não convencesse nem a mim nem ao conselho, não iriam fazer. Essa foi uma mudança. Só que com a diretoria que temos hoje não tivemos nenhum caso deste. Tem-se um ambiente diferente, de consulta, de respeito, de diálogo e de consenso. É claro que como tudo na vida há divergências, mas o importante é sabedoria para trabalhá-las, é tirar dali, senão um consenso, pelo menos um acordo de adesão que permita seguir em frente com o comprometimento de todos.

Compra do Ponto Frio: A compra da Globex [controladora do Ponto Frio] foi considerada estratégica pelo conselho do Pão de Açúcar. Há cinco anos na elaboração do planejamento estratégico, que é atualizado anualmente, definimos que teríamos que crescer e sermos muito fortes em não-alimentos. Temos os hipermercados que representam cerca de 50% das nossas vendas. Esse tipo de loja só se sustenta nos dias de hoje se for realmente muito eficiente no não-alimento. Lá você encontra toda a gama de não-alimentos: vestuário, eletroeletrônicos, artigos de informática, etc.

Portanto, os hipermercados têm que ser um canal de distribuição muito forte em não-alimentos, segundo o que acreditamos. Na questão dos eletroeletrônicos, é necessário escala e nós, com a venda somente nos supermercados e uma pequena rede de magazine, não tínhamos dimensão e escala suficiente para podermos oferecer uma opção de compra muito boa para o consumidor. Somos os primeiros e os maiores vendedores de informática no Brasil, mas no restante da linha nunca fomos tão fortes, embora tenhamos condições de financiamento melhores do que nos chamados especialistas.

Então, para que tenhamos escala, achamos que deveríamos fazer, nesse momento, uma aquisição que fosse oportuna, que nos desse uma outra dimensão e que desse um impulso na parte de eletroeletrônicos e móveis. Enfim, toda essa área vai crescer muito com a aquisição do Ponto Frio.

Sobre a virada do Ponto Frio: Se eles tivessem uma geração de caixa adequada, provavelmente não teriam vendido e nós não teríamos comprado nem teríamos muito o que fazer lá. A geração de caixa deles é baixa, há enormes oportunidades para uma gestão eficiente, que tenho certeza que vamos colocar e é isso que estamos visualizando pela frente. Estamos muito satisfeitos com a aquisição.

Sobre a compra do Assai: Desde o fim de 2007, estamos com o formato Assai, uma empresa em que inicialmente adquirimos uma participação de 60% porque não éramos detentores do know how para trabalhar no “atacarejo” [lojas especializadas em atender pequenos negócios, como restaurantes e pizzarias]. O formato “atacarejo” está sendo um sucesso em nossas mãos, estamos aumentando o número de lojas e vamos continuar fazendo isso.

Extra Perto: As lojas de vizinhança estão tendo mais sucesso principalmente pelas dificuldades de locomoção nas grandes cidades. É natural que quando a pessoa precisa de pequenas compras, dê preferência para as lojas de conveniência, muitas vezes muito próximos de suas residências. Lá o consumidor pode com facilidade adquirir os produtos que deseja sem ter que usar o carro. Vamos continuar nosso projeto, devemos abrir cerca de 50 lojas neste ano no formato Extra Fácil, que é o formato das lojas de conveniência. Da mesma forma que vamos continuar abrindo hipermercados, "atacarejos" Assai e supermercados, principalmente o Pão de Açúcar, onde são realmente as lojas que têm a nossa cara.

Abertura de capital: O caminho que eu mais gosto é de uma empresa aberta. O compromisso que você obtém em uma empresa aberta entre todos os gestores é enorme, pela visibilidade que uma empresa aberta precisa ter. Teoricamente não pode errar, não pode falhar - tem que estar sempre fazendo o seu papel e da melhor forma possível porque você está sendo constantemente vigiado. Eu gosto muito de empresas de capital aberto. Meu sócio francês [o Casino] é uma companhia de capital aberto. Não mudou nada com a entrada deles aqui. Somos uma empresa hoje com dois sócios controladores e o mercado. Acho extremamente importante a participação do mercado. Na realidade, um dos nossos membros do conselho (nós temos quatro membros independentes) é representante dos acionistas minoritários e ele é hoje um grande conselheiro para nós.

Como é controlar um grupo gigante como o Pão de Açúcar: Sou uma pessoa com visão de futuro sem perder a realidade do momento atual. Gosto de projetar metas, de ter planos B se as coisas não correrem como eu pensava. Em 1993 e 1994, quando eu adquiri o controle da companhia, eu já pensava em abrir seu capital para fortalecê-la. Vou fazer isso de forma ampla e vou buscar um sócio estratégico que me traga capital e que, se possível, me traga mais conhecimento e mais força. Segui por esse caminho e acho que tivemos sucesso. Não me incomodo em nada de compartilhar decisões, de discutir coisas com sócios. Acho que o importante é fazer as coisas mostrando aos outros que é o melhor caminho e não fazer simplesmente porque você tem o comando. Evidentemente trabalhar com o mercado às vezes não é tão fácil. Às vezes é difícil mostrar para o mercado exatamente o trabalho que você está fazendo, mas é o que tem que ser feito. Com relação aos meus sócios, por que nos damos tão bem? Porque todas as coisas que eu quero fazer, desde que eu tenha direito de fazer, eu digo a eles que quero fazer por esse e aquele motivo.

Relação com funcionários: Eu não quero sacrifícios. Eu quero funcionários com comprometimento e garra, mas com férias, com divertimento, cuidando das suas famílias e de si e que sejam felizes. Aquilo que faço para mim, eu prego para as pessoas que trabalham aqui dentro. O Abílio quer que a empresa continue crescendo com novos desafios. Mas aproveito muito e quero continuar aproveitando. Quero continuar aceitando os desafios, fazendo essa empresa crescer. Quero que ela gere empregos para o país. O problema do Brasil ainda é geração de empregos.

Planos futuros: Estamos praticamente em todos os formatos conhecidos do varejo, o que não quer dizer que não se invente outros. Tudo aquilo que existe de interessante na parte de distribuição e nós achamos que é adequado, estamos estudando. Estamos desenvolvendo fortemente o comércio eletrônico, a área de internet vai crescer muito mais com a integração do Ponto Frio que é bastante forte, praticamente do tamanho do Extra.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

A cigarra e a formiga POR MILLOR FERNANDES



Cantava a Cigarra
Em dós sustenidos
Quando ouviu os gemidos
Da Formiga
Que, bufando e suando,
Ali, num atalho,
Com gestos precisos
Empurrava o trabalho;
Folhas mortas, insetos vivos.
Ao vê-la assim, festiva,
A Formiga perdeu a esportiva:
“Canta, canta, salafrária,
E não cuida da espiral inflacionária!
No inverno
Quando aumentar a recessão maldita
Você, faminta e aflita,
Cansada, suja, humilde, morta,
Virá pechinchar à minha porta.
E na hora em que subirem
As tarifas energéticas,
Verás que minhas palavras eram proféticas.
Aí, acabado o verão,
Lá em cima o preço do feijão,
Você apelará pra formiguinha.
Mas eu estarei na minha
E não te darei sequer

Uma tragada de fumaça!”
Ouvindo a ameaça
A Cigarra riu, superior,
E disse com seu ar provocador:
“Estás por fora,
Ultrapassada sofredora.
Hoje eu sou em videocassete,
Uma reprodutora!
Chegado o inverno
Continuarei cantando
- sem ir lá –
No Rio,
São Paulo,
E Ceará,
Rica!
E você continuará aqui
Comendo bolo de titica.
O que você ganha num ano
Eu ganho num instante
Cantando a Coca,
O sabãozão gigante,
O edifício novo
E o desodorante.
E posso viver com calma
Pois canto só pra multinacionalma.”

A cigarra e a formiga POR MILLOR FERNANDES



Cantava a Cigarra
Em dós sustenidos
Quando ouviu os gemidos
Da Formiga
Que, bufando e suando,
Ali, num atalho,
Com gestos precisos
Empurrava o trabalho;
Folhas mortas, insetos vivos.
Ao vê-la assim, festiva,
A Formiga perdeu a esportiva:
“Canta, canta, salafrária,
E não cuida da espiral inflacionária!
No inverno
Quando aumentar a recessão maldita
Você, faminta e aflita,
Cansada, suja, humilde, morta,
Virá pechinchar à minha porta.
E na hora em que subirem
As tarifas energéticas,
Verás que minhas palavras eram proféticas.
Aí, acabado o verão,
Lá em cima o preço do feijão,
Você apelará pra formiguinha.
Mas eu estarei na minha
E não te darei sequer

Uma tragada de fumaça!”
Ouvindo a ameaça
A Cigarra riu, superior,
E disse com seu ar provocador:
“Estás por fora,
Ultrapassada sofredora.
Hoje eu sou em videocassete,
Uma reprodutora!
Chegado o inverno
Continuarei cantando
- sem ir lá –
No Rio,
São Paulo,
E Ceará,
Rica!
E você continuará aqui
Comendo bolo de titica.
O que você ganha num ano
Eu ganho num instante
Cantando a Coca,
O sabãozão gigante,
O edifício novo
E o desodorante.
E posso viver com calma
Pois canto só pra multinacionalma.”

II SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE SANEAMENTO AMBIENTAL



Graves problemas têm acontecido em nosso planeta com repercussões grandiosas no meio ambiente. A natureza em atitudes aparentemente naturais, provoca desastres, que se transformam em catástrofes. Motivo? Aumento desenfreado da população, falta de administração de recursos naturais e o pior deles agressões sucessivas a natureza.

Que fazer? Como conservar a natureza de forma a evitar essas falhas que tão duramente já castigam hoje e continuarão a castigar amanhã a população do planeta?

A resposta é sempre a mesma: Unindo conhecimento e informação a pessoas competentes com soluções criativas e de sucesso já experimentadas em outros centros do planeta. Com conhecimento a mudança deste quadro é gradativa mais o sucesso é garantido.

O II SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE SANEAMENTO AMBIENTAL que acontece de 18 a 21 de julho em Fortaleza, reúne especialistas do nosso país e convidados de outros estados e países como Campina Grande, Recife, São Paulo, Rio Janeiro, Espírito Santo, Estados Unidos e Espanha para debater, em busca de soluções, temas como:

  • Gestão de Bacias Hidrográficas
  • Erosão e Meio Ambiente na Bacia Hidrográfica
  • Tratamento de Esgoto Anaeróbio + Aeróbio e Reuso
  • Resíduos Sólidos nas bacias e as consequências
  • Impactos nas Bacias Hidrográficas
  • Novas Tecnologias no Tratamento de Esgoto
  • Impactos dos Efluentes de lava-jatos nas Bacias Urbanas

A ABES–Ce, representada pelo seu Presidente Francisco Vieira Paiva, objetiva transmitir conhecimentos para os profissionais da área de engenharia sanitária e afins, de forma a provocar um efeito multiplicador de conhecimentos de casos de sucesso e estudos realizados por doutores de várias partes do estado, país e mundo, capaz de promover mudanças nos comportamentos resultando em melhoria da qualidade de vida presente e futura. Insistir na informação e na conscientização é o melhor meio pra se chegar às soluções rápidas e eficientes.

A ABES, realizadora do evento, é uma organização não governamental de caráter nacional, fundada, em 1966. É internacionalmente reconhecida como uma instituição capacitada para exercer, de forma ampla e plural, uma significativa liderança nos diversos setores quem integram com o Saneamento Básico e Ambiental Brasileiro. Além de promotora de debates sobre temas que interessam a toda sociedade, também aponta soluções apropriadas relativas aos aspectos técnicos, legais, sociais ligados à sustentabilidade do planeta.

O evento tem como foco principal: SANEAMENTO AMBIENTAL : REPERCUSSÕES NAS BACIAS HIDROGRAFICAS fazendo 20 abordagens técnicas que envolvem órgãos governamentais e iniciativa privada, numa conjugação de forças e conhecimento em prol do Saneamento Brasileiro.

Como expoentes no evento teremos o Prof. Dr. holandês Adrianus Van Haandel doutorado em Engenharia Civil pela University Of Cape Town e pós-doutorado pela Agricultural University - Wageningen autor de vários livros além de estudos premiados na área de saneamento no Brasil; o Espanhol, Fernando Fernández Polanco, professor do departamento de Engenharia Química da Universidade de VALLADOLID/Espanha e um dos cientistas responsáveis por um programa piloto sobre tecnologia para o pré-tratamento e incrementação da produção de biogás, o Prof. Dr. Largus T. Angenent, da Universidade Cornell-USA, com experiência em bioenergia, otimização de processos de fermentação anaeróbia para promover misturas de cultura que convertem resíduos orgânicos em transmissores bionegéticos, como o metano, corrente elétrica, hidrogênio ou precursores para o betanol líquido de biocombustível. Em destaque também renomados professores doutores cearense a exemplo do Prof. Dr. Suetônio Mota/UFC com vários livros publicados na área de reuso de água e o Prof. Rogério Campos/UNIFOR, reconhecido nacionalmente pelo trabalho na área de Bacias Hidrográficas. Outros ilustres professores doutores somam na discussão que se configura benéfica para os interessados.