



Todo ano a Technology Review, revista científica publicada pelo respeitado MIT (Massachussets Institute of Technology), faz uma lista de tecnologias emergentes que apresentam soluções para diversos problemas da humanidade. A seleção é feita entre pesquisas recentes de produtos e serviços que a indústria ainda não adotou em larga escala.
Confira a lista das tecnologias:
Busca em tempo real
O Google está muito interessado em incorporar as atualizações feitas em redes sociais aos resultados. O desafio, além de tornar essas informações buscáveis, é atribuir relevância para alguns updates em detrimento de outros, e assim acrescentar conteúdo útil. Rastrear e classificar conteúdos atualizados a todo instante em redes sociais exige muito mais velocidade e novos algoritmos para acompanhar, em tempo real, milhares de updates no Twitter e Facebook, por exemplo.
Estas duas redes de relacionamento não têm problema em vender suas atualizações para os buscadores. O Google não revela muito o segredo da análise das atualizações. Mas, Amit Singhal, o responsável por esse desenvolvimento, diz a Technology Review que um perfil no Twitter com muitos seguidores e muito retwitado sai na frente de outros menores. Uma atualização feita no Facebook tem mais relevância quanto maior o número de amigos do usuário e ainda quanto mais amigos seus amigos colecionam. Outra maneira é usar a geolocalização, dependendo do local de onde é produzida uma mensagem ela seria mais relevante. Se alguém postar sobre terremoto e estiver localizado próximo à área atingida sua informação será provavelmente mais relevante do que outras mais distantes.
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3D móvel
Quem pensava que a popularização de imagens tridimensionais aconteceria pelo cinema ou grandes e modernos aparelhos de TV, pode ter uma surpresa com o Samsung W960 lançado na Coreia do Sul em março. O celular conta com um software desenvolvido pela empresa Dynamic Digital Depth que converte imagens em 2D para 3D. Na posição vertical, as imagens parecem bidimensionais, mas é só virar o aparelho para a posição horizontal que elas saltam da tela e ganham volume. O software cria ilusão de perspectiva nas imagens estimando a profundidade dos objetos em cena com várias pistas, como se há um céu numa paisagem, ele provavelmente estará mais ao fundo do que as montanhas. Então, o programa produz pares de imagens levemente distintas que nosso cérebro interpreta como se fosse uma só com profundidade.
A tecnologia até poderá ser usada em TVs 3D, mas a tecnologis funciona melhor quando existem poucos ângulos de visão envolvidos, por isso o smartphone seria a melhor opção. A Dynamic Digital Depth começa também a desenvolver meios de adaptar games para 3D sem óculos nos celulares. A empresa de pesquisa DisplaySearch divulgou uma pesquisa recente que prevê que até 2018 teremos 71 milhões de aparelhos móveis com a tecnologia.
Células tronco projetadas
Com o projeto de células tronco pesquisado pela empresa Cellular Dynamics, espera-se uma grande mundaça nos modelos de doenças e na maneira como as drogas são testadas. Em 1998, James Thomson, co-fundador da empresa, conseguiu isolar células tronco embrionárias, capazes de se transformarem em qualquer célula do corpo humano, mas a técnica levantava questões éticas, pois embriões precisavam ser sacrificados. Dez anos depois, os pesquisadores conseguiram produzir células tronco a partir de células adultas, adicionando quatro genes, normalmente ativos em células embrionárias. Chamadas de células tronco pluripontentes induzidas (iPS), podem se reproduzir muitas vezes e transformam-se em qualquer célula.
Além das iPS poderem substituir tecidos danificados, cientistas produzir células específicas para testar como elas agem e testar medicamentos e contra a diabetes, por exemplo. A Cellular Dynamics já produz células do coração para os testes da gigante farmacêutica Roche. Células do fígado e cérebro devem ser produzidas no futuro, assim como células de pessoas com diferentes cargas genéticas.
Combustível solar
Todo biocombustível é feito de dióxido de carbono e água. Atualmente utilizamos matéria orgânica para produzi-lo, como cana e milho. Pesquisadores decidiram eliminar a biomassa intermediária e criar um sistema para sintetizar diretamente o combustível. A empresa Joule Biotechnologies manipula e projeta genes para criar microorganismos fotossintetizantes que usam a luz solar para transformar dióxido de carbono em etanol e diesel. Os organismos ficam em espaços chamados fotobioreatores, sem necessidade de água fresca e ocupando uma área muito menor do que a biomassa tradicional.De acordo com o fundador da empresa, Noubar Afeyan, os organismos produzem combustível continuamente e deve render 100 vezes mais por hectare do que o milho produz em etanol.
"Enganar" as células fotovoltaicas
Kylie Catchpole, pesquisadora da Universidade Nacional da Austrália, trabalha desde 1994 no desenvolvimento de pequenas células fotovoltaicas mais eficientes em captar e transformar em energia elétrica a luz solar. Feitas de materiais semicondutores como silício amorfo e telureto de cádmio, elas são mais baratas do que células solares comuns, produzidas com grossos cristais de silício.
As novas células ainda seriam menos eficientes, pois, se a célula é mais fina do que o comprimento de onda da luz solar, esta será absorvida em menor quantidade. A pesquisadora passou então a estudar plasmons, uma espécie de elétron da superfície de metais que se agitam quando há incidência de luz. E descobriu que nanopartículas de prata, adicionadas às células fotovoltaicas finas, desviam os fótons (partículas ou ondas que formam a luz) que ficam indo e vindo na célula permitindo que mais comprimentos de onda da luz solar sejam absorvidos. O material produzido por Catchpole gera 30% mais energia que as células fotovoltáicas finas tradicionais.
TV social
A cientista convidada do MIT, Marie-José Montpetit, tenta fundir as redes sociais à TV tradicional e transformar a experiência até agora passiva dos telespectadores em algo mais colaborativo. Os grandes conglomerados da TV vêem com bons olhos a mudança, esperam que, ao linkar cada espectador com seus amigos, eles deixem de trocá-la por sites re relacionamento. A indústria publicitária também pode ganhar com isso, afinal, será mais fácil produzir conteúdo personalizado de acordo com os interesses do telespectador. Ainda é difícil saber quando e como a tecnologia vai tomar forma, mas a pesquisadora e seus alunos apresentaram um protótipo ano passado.
Concreto verde
Fazer cimento para concreto exige aquecer carbonato de cálcio pulverizado, areia, argila a mais de 1.450 °C com queima de combustível, atividade que libera dióxido de carbono, um dos elementos responsáveis pelo aquecimento da Terra. Os 2,8 bilhões de toneladas de cimento produzidos em 2009 no mundo causaram 5% das emissões do gás. Nikolaos Vlasopoulos, chefe da empresa londrina Novacem, quer produzir um material que absorva mais CO2 do que foi emitido em sua fabricação.
Ele misturou óxido de magnésio à formula e descobriu que ele reage com o CO2 da atmosfera para gerar carbonatos e - o melhor - deixa a mistura do cimentos mais resistente enquanto captura o gás. O pesquisador atualmente trabalha no refinamento da receita. Mais empresas procuram criar cimento com o mesmo conceito.
Implante de eletrônicos solúveis
Cientistas da Universidade de Tufts, nos Estados Unidos, trabalham em implantes óticos e eletrônicos a base de seda (a fibra produzida por uma larva). A ideia é que os aparelhos sirvam para o monitor de sinais vitais, aplicar medicação em dose e intervalos corretos, fazer testes sanguíneos e fornecer imagens para diagnósticos. Depois de tudo isso, quando o material não for mais necessário, ele se desintegra no corpo, sem necessidade de cirurgia para a retirada. Alguns testes já foram feitos e os pesquisadores falam até em fibra ótica feita de seda.
Anticorpos de dupla ação
A cientista Germaine Fuh e sua equipe da empresa Genentech desenvolvem um método para juntar dois compostos ativos de drogas contra o câncer: um combate uma substância que acelera o crescimento em alguns tipos de câncer, e o outro bloqueia uma proteína que estimula a formação de vasos sanguíneos para alimentar o tumor. Combinar os dois remédios em uma só molécula pode ajudar a solucionar problemas recorrentes em tratamentos quimioterápicos. Com o tempo, as células cancerígenas ficam resistentes a ele por meio de várias mutações e ainda conseguem driblar o efeito dos remédios. Os médicos, geralmente, misturam vários medicamentos antes que o câncer consiga se aproveitar dessa situação. Uma só droga que combaat a doença de várias formas poderá simplificar o processo de cura.
Programação em nuvem
A computação em nuvem já começa aparecer com mais frequência. Se fala dela muito sobre a previsão de que ela proporcione mais condições de processamento e armazenamento. Mas pouco se sabe sobre como a nuvem vai ser usada na programação. Com grandes bancos de dados geridos por empresas como Amazon e Google, as possibilidades são grandes. Fazer com que um programa em nuvem acesse em tempo real as informações sobre os posts mais vistos no Twitter e selecione anúncios que estejam relacionados a isso, por exemplo, pode trazer grandes mudanças na propaganda na web.
Hoje, esse tipo de uso exige desenvolvimento aplicações complexas dos programadores. O que Joseph Hellerstein, da Universidade da Califórnia, promete fazer é simplificar a vida dos programadores. Ele trabalha num software que diminuirá o trabalho complicado de rastear informações e classificar tudo o que acontece na rede. O programa já tem um nome, Bloom e deve ser lançado ainda em 2010.


05/10/2010 12h19 - Atualizado em 05/10/2010 12h49
A nova classe média tem maioria jovem, negra e que sofre menos de problemas de excesso de peso que as classes mais ricas, aponta levantamento do Ibope divulgado nesta terça-feira (5).
De acordo com o estudo “Classe C Urbana do Brasil: Somos iguais, Somos Diferentes”, quase 100 milhões de pessoas fazem parte dessa fatia da população.
“A nova classe C é predominantemente jovem, composta em sua maioria por afrodescendentes”, informa comunicado do Ibope. Em Salvador, por exemplo, 41% das pessoas que fazem parte dessa faixa da população são negros e, em Brasília, 22%.
A população da classe C tem menos problemas com o peso em comparação com os mais ricos, segundo o Ibope, “decorrência direta de menos excessos na alimentação, somado a mais mobilidade física rotineira”, diz a pesquisa. Apenas 27% da classe C1 estão acima do peso, contra 31% da AB1.
O levantamento do Ibope foi feito com base nas informações do Target Group Index, estudo do Ibope que analisa mais de 200 categorias de produtos junto a uma amostra de cerca de 20 mil indivíduos entre 12 a 64 anos nas principais regiões metropolitanas do Brasil. De acordo com o instituto, a amostra representa quase metade da população dentro da faixa etária pesquisada. Dos membros da classe C, 32 milhões têm idade entre 12 e 64 anos nas principais regiões metropolitanas de todo o país.
“O homem dessa categoria tende a viver menos e as mulheres exercem mais responsabilidade sobre a família, têm mais autonomia socioeconômica e, consequentemente, de consumo”, diz Dora Câmara, responsável pela pesquisa. Na classe AB, segundo o Ibope, 25% das mulheres são chefes de familia. Na classe C, são 32%
Integrantes do Gotan Project em foto de divulgação do álbum "Tango 3.0"
Formado em Paris há 10 anos a partir da união do argentino Eduardo Makaroff com o francês Philippe Cohen Solal e o suiço Christoph Muller, o Gotan Project é o principal nome do que veio a ser chamado de “tango eletrônico”.
Misturando as origens dos três integrantes na música eletrônica, jazz e no próprio tango argentino, o grupo rapidamente espalhou pelo mundo o som inconfundível que lhes rendeu mais de 2 milhões de discos vendidos dos dois primeiros álbuns, “La Revancha Del Tango” e “Lunático”.
Agora, com o terceiro, “Tango 3.0”, a banda volta ao Brasil em outubro para apresentar o novo repertório, que o programador e tecladista Christoph Muller define como “uma volta às origens”.
Os shows acontecerão no Rio de Janeiro no dia 6 de outubro no Vivo Rio, dia 7 em São Paulo no HSBC Brasil, dia 13 em Salvador no Teatro Castro Alves e dia 15 em Porto Alegre no Teatro do SESI.
Eclético, o novo trabalho traz, além do tango e da música eletrônica, referências a gêneros do sul dos EUA, como o rockabilly e o som de Nova Orleans. A primeira faixa, “Tango Square”, inclusive, conta com a participação de um dos grandes ícones da cidade berço do jazz, o cantor, tecladista e band-leader Dr. John.
Em entrevista ao UOL, o bem humorado Christoph Muller falou sobre os shows no Brasil, o processo de criação de “Tango 3.0” e a identidade multicultural do grupo.
UOL Música - Como você se sente voltando a tocar no Brasil?
Christoph Muller - Ótimo. É um prazer absoluto para mim. Não estou dizendo isso só porque estou falando com você, mas estive por todo o mundo e o Brasil é um lugar em que todos nós amamos tocar. É um país muito musical com um público ótimo.
O público brasileiro é muito curioso e gosta muito de música. É uma parte muito importante do dia-a-dia de vocês e isso faz com que as platéias tenham a mente aberta e muito entusiasmo. Estou ansioso para voltar e tocar aí novamente!
UOL Música - Os shows desta vez serão muito diferentes da última visita? O que há de novo?
Muller - É um show completamente diferente. A maioria do repertório é formada por músicas do novo álbum e algumas inéditas, que gravamos junto com ele. Claro que também tocaremos algumas coisas antigas, do primeiro disco, como “Epoca” e “Santa María”, além de uma ou duas do segundo.
Além disso, o cenário é totalmente novo, com vídeos novos também. Os músicos ainda são os mesmos, mas agora também temos um trumpetista, já que o novo álbum tem muitos arranjos com metais.
UOL Música - Como você compara as idéias e o som de “Tango 3.0” com os dois primeiros álbuns?
Muller - De certa forma, neste álbum quisemos voltar às origens. Ou seja, a um som mais eletrônico, apesar de que talvez isso seja difícil de perceber. A idéia foi trazer de volta o clima mais espontâneo que tínhamos no começo.
Nosso segundo disco é mais próximo do tango clássico e tem um som mais limpo. Desta vez então, buscamos uma sonoridade mais suja e “sulista”, com idéias mais irreverentes e mistura de estilos.
UOL Música - O curioso é que junto com a produção mais eletrônica, o novo álbum também tem mais elementos de gêneros musicais “de raiz”, como o rockabilly e a música de Nova Orleans. Como vocês conseguiram combinar estes dois elementos quase paradoxais?
Muller - É algo que fazemos desde o começo. Gostamos de encontrar essas pontes entre estilos que não são obviamente relacionados, mas que funcionam bem juntos. Às vezes são pontes geográficas, como entre Buenos Aires e Nova Orleans, que são cidades com um ambiente parecido, por terem portos, estarem à margem de rios importantes. A origem e evolução do jazz são parecidas com as do tango. São estilos “primos” e fazem sentido juntos.
A combinação dos elementos eletrônicos e acústicos é um trabalho longo. Para fazer funcionar, não podemos pender demais para nenhum dos dois lados. Chegamos a essas idéias através da experimentação. Por exemplo, podemos inventar um riff meio bluegrass, que por sua vez foi inspirado no Led Zeppelin... e por aí vai. É quase uma brincadeira.
Nós criamos as músicas com os três integrantes no estúdio juntos, fazendo um pingue pongue de idéias e experimentando com os instrumentos musicais e equipamentos eletrônicos disponíveis. Compusemos 20 músicas em 20 dias e fomos cortando até sobrarem as 11 do disco.
UOL Música - Uma surpresa do disco novo foi a participação do Dr. John. Como foi trabalhar com ele?
Muller - Foi uma colaboração muito especial, que aconteceu de um jeito engraçado. Estávamos trabalhando nesta música (“Tango Square”) e o Philippe estava indo para Nova Orleans por outros motivos não relacionados ao disco. Então, como já tínhamos pensado em usar o órgão Hammond nessa faixa, pensamos que se ele conseguisse que o Dr. John tocasse seria ótimo!
O Dr. John já tem uma certa idade e só faz o que quer. Estava acontecendo um festival por lá na época e uma semana antes ele havia se recusado a participar de um show do Bon Jovi na cidade ou algo assim. Por sorte ele curtiu a idéia de tocar no nosso disco. O engraçado é que ao desembarcar no aeroporto de Nova Orleans, a primeira coisa que o Philippe viu foi um poster gigante do Dr. John!
UOL Música - Vocês são uma banda baseada em Paris, formada por integrantes de três nacionalidades diferentes e tocando uma combinação de música argentina com elementos internacionais. Qual é a verdadeira nacionalidade da banda?
Muller - Bem, algumas pessoas na Argentina dizem que somos uma banda argentina (risos). Bem, eu sei que a nossa música funciona bem em Buenos Aires, mas somos mais universais do que isso. O próprio tango viajou pelo mundo e se tornou um gênero universal, assim como a música brasileira. A bossa nova também é um estilo universal.
UOL Música - O tango está presente no própio nome do grupo ("Gotan" é uma inversão das sílabas de "tango"). Às vezes vocês se sentem limitados por esta associação a um estilo em particular?
Muller - Basicamente é o que somos! É como começamos, a definição da banda. O interessante é que por isso temos esses limites que podem parecer uma prisão, mas na verdade têm o efeito contrário. Por explorarmos o folclore e os temas argentinos, temos que pegar esses limites e empurrá-los cada vez mais adiante. É por isso que não mudamos totalmente de estilo, não faria sentido. Dizem que você não chega ao tango, ele chega até você. Foi o que aconteceu comigo!
GOTAN PROJECT NO BRASIL
Rio de Janeiro
Quando: 6 de outubro, a partir das 22h
Onde: Vivo Rio - Av. Infante Dom Henrique, 85
Quanto: De R$ 80,00 a R$ 250,00
Ingressos: vivorio.com.br
São Paulo
Quando: 7 de outubro, a partir das 22h
Onde: HSBC Brasil - Rua Bragança Paulista, 1281, Chácara Santo Antonio
Quanto: De R$ 100,00 a R$ 300
Ingressos: hsbcbrasil.com.br
Salvador
Quando: 13 de outubro, a partir das 21h
Onde: Teatro Castro Alves - Praça Dois de Julho, s/n
Quanto: De R$ 80,00 a R$ 140
Informações: www.tca.ba.gov.br
Porto Alegre
Quando: 15 de outubro, a partir das 21h
Onde: Teatro do SESI - Av. Assis Brasil, 8.787
Quanto: De R$ 80,00 a R$ 140
Informações: www.centrodeeventosfiergs.com.br
Se a vida às vezes dá uns dias de segundos cinzas
e o tempo tic taca devagar
Põe o teu melhor vestido, brilha teu sorriso
Vem pra cá, vem pra cá
Se a vida muitas vezes só chuvisca, só garoa
e tudo não parece funcionar
Deixe esse problema a toa, pra ficar na boa
Vem pra cá
Do lado de cá, a vista é bonita
A maré é boa de provar
Do lado de cá, eu vivo tranquila
E o meu corpo dança sem parar
Do lado de cá tem música, amigos e alguém para amar
Do lado de cá
A vida é agora, vê se não demora.
Pra recomeçar é só ter vontade de felicidade pra pular
Do lado de cá, a vista é bonita
A maré é boa de provar
Do lado de cá, eu vivo tranquila
E o meu corpo dança sem parar
Do lado de cá tem música, amigos e alguém para amar
Do lado de cá
27/08/2010 05h52 - Atualizado em 27/08/2010 07h54
Um filhote de tigre de dois meses foi encontrado sedado e escondido em meio a tigres de pelúcia na bagagem de uma mulher no aeroporto de Bangcoc, na Tailândia.
Segundo as autoridades locais, o animal foi descoberto quando a dona da bolsa, uma mulher tailandesa de 31 anos, passou-a pelo controle de segurança com raio-X ao tentar embarcar em um voo para o Irã no aeroporto no início da semana.
A mulher teria levantado suspeitas ao ter dificuldades para carregar a bolsa.
Os funcionários do aeroporto perceberam então nas imagens do raio-X que havia algo parecendo um animal de verdade dentro da bolsa e chamaram veterinários, que descobriram o tigre.
Monitoramento
Segundo a organização internacional de defesa dos animais Traffic, o filhote de tigre está agora sob os cuidados do centro de resgate do departamento de parques nacionais e vida selvagem da Tailândia.
As autoridades tentam agora descobrir se o animal nasceu em cativeiro ou se foi capturado em seu habitat natural.
Para o diretor-regional da Traffic para o Sudeste Asiático, Chris Shepherd, o caso mostra que é necessário um monitoramento mais eficiente e penas mais altas para o tráfico de animais selvagens.
"Se as pessoas estão tentando traficar tigres vivos em sua bagagem em voos, eles obviamente acham que o tráfico de animais selvagens é algo fácil de conseguir e não temem punições', disse.
"Somente uma pressão sustentada sobre os traficantes de animais selvagens e punições sérias podem mudar isso", afirmou.
Em abril, a empresa desenvolvedora de software Adobe anunciou o fim do projeto de criação de uma versão para iPhone do programa Flash - amplamente usado em PCs, celulares e na web e que permite que animações, jogos, vídeos e aplicativos rodem nesses ambientes. Steve Jobs, o todo-poderoso da Apple, contra-atacou: disse que o Flash é uma tecnologia superada e que nunca rodaria nos produtos da marca. De fato: iPhones e iPads não acessam diversos conteúdos da web, a exemplo de dispositivos móveis de outras marcas, por incompatibilidade com o Flash. Jobs aposta no desenvolvimento de um possível rival, a linguagem HTML 5, para vencer a batalha. Entenda o que está por trás dessa guerra, quais seus próximos passos e como ela afeta a vida dos usuários da web e de itens Apple.
| A empresa comandada por Steve Jobs tem uma estratégia: criar seus próprios padrões para dispositivos eletrônicos e programas. O que dá esse poder à empresa é o sucesso de produtos que se tornam verdadeiros objetos de desejo dos consumidores: caso do iPhone e do iPad |
| Empresa desenvolvedora de softwares, tem em seu catálogo programas como o Photoshop, um dos editores de imagens mais populares do planeta. É dona também do Flash - um dos carros-chefe da empresa |
| • O Flash é um programa com "código fechado" - ou seja, sua programação é mantida em segredo. Isso abriria brechas para problemas de segurança, como ataques de hackers aos dispositivos móveis dos usuários) |
| • Os vídeos em Flash consomem muita bateria dos dispositivos móveis |
| • O Flash não foi criado para dispositivos sensíveis ao toque - como iPhone e iPad |
| • A qualidade de jogos e aplicativos em Flash é inferior à dos disponíveis na loja virtual da Apple (APP Store), que oferece mais de 50.000 games que rodam sem nescessidade do Flash |
| • O HTML 5 será superior ao Flash porque sua programação poderá ser controlada pela Apple |
| • Um time de especialistas cuida das questões ligadas à segurança no Flash |
| • A versão 10.1 do Flash possui recursos para interfaces sensíveis ao toque |
| • 70% dos jogos disponíveis na web rodam com Flash, mas, graças à política da Apple, não podem ser acessados por proprietários de iPhones e iPads |
| • O Flash trabalha em conjunto com todos os padrões existentes na web, inclusive o HTML 5. E 75% de todos os vídeos que circulam na web utilizam o formato Flash - inclusive o YouTube |
| A APP Store é uma fonte importante de recursos para a Apple: é ali que usuários de iPhone e iPad compram aplicativos e games no padrão da marca. Com a guerra ao Flash, a Apple quer proteger esse mercado cativo, garantindo que só programas encontrados em sua loja sejam utilizados em seus dispositivos. Se ela permitisse que o Flash rodasse em seus produtos, os proprietários de iPhones e iPads poderiam acessar conteúdos livremente - o que acontece com os usuários de dispositivos móveis de outras marcas. Dessa forma, produtos de terceiros tirariam da Apple o controle sobre os aplicativos |
| Mesmo com a existência do HTML 5, os aplicativos mais elaborados da Apple deverão continuar a ser produzidos exclusivamente com o kit de desenvolvimento da marca - uma espécie de "Flash da Apple". Ou seja, continuariam a ser exclusividade da APP Store |
| O principal mercado do Flash são os desenvolvedores, profissionais que criam aplicativos e games usando o padrão do programa - outro nicho importante é o universo de vídeos em meio digital, que rodam em sua maioria no formato Flash. São os desenvolvedores que pagam pelo item da Adobe, criam produtos baseados nas ferramentas de animação e interatividade do programa e, por fim, disponibilizam as atrações na internet. A Adobe teme que seu programa perca terreno para o padrão HTML 5, o que o tornaria obsoleto. Se a ação da Apple em favor do novo formato criar uma tendência, os negócios da Adobe podem ser prejudicados |
| Microsoft: assim com a Apple, tem planos de oferecer conteúdo exclusivo na área de aplicativos. Como mantém seu próprio navegador para a web, o Internet Explorer, seu maior interesse é mantê-lo atualizado para novas linguagens de programação - caso do HTML 5. Outro detalhe importante: a empresa é dona do Silverlight, concorrente do Flash |
| Opera: o navegador não fez sucesso no mundo dos PCs, mas é top nos celulares. Para não perder esse mercado, aposta em padrões que rodem em todos os dispositivos móveis. Para garantir acesso aos produtos Apple, escolheu o HTML 5 |
| Google: seu sistema operacional para celulares, o Android, é um dos principais concorrentes da Apple. Contudo, apesar de ficar do lado da Adobe, é flexível o sufiente para agradar usuários de todos os formatos e padrões. Por isso, seus aplicativos rodam praticamente em todos os sistemas |
| Hulu, NBC e Time Warner: produtoras e distribuidoras de conteúdo, ficam sempre do lado dos padrões mais abrangentes da rede - o Flash, atualmente |
| Nokia: concorrente da Apple no ramo de celulares. Pode se beneficiar de todos os padrões, mas prefere atacar sua rival e, por isso, não titubeia: aposta no Flash |
| A Apple deve continuar recusando-se a aceitar a tecnologia Flash em seus dispositivos |
| A Adobe deve seguir lutando para adaptar sua tecnologia aos novos formatos e padrões que aparecem na web. É possível que as tecnologias Flash e HTML 5 trabalhem de forma complementar no futuro |
| Para os proprietários de produtos da Apple, sites em Flash continuarão a ser uma zona proibida na rede, já que os dispositivos não podem acessá-los |
| Os usuários dos demais dispositivos móveis continuarão acessando conteúdos em Flash e não sentirão os resultados do conflito |